Já não é de hoje que reparo nas conversas dos orientais nas pastelarias. Sejam eles, chineses, coreanos, japoneses, vietnamitas, mongóis (no bom sentido, é claro)... o fato é que esses dedicados nipônicos vendedores de pastéis que montam seus tão preciosos - e tradicionais - estabelecimentos de salgados, me deixam confuso algumas vezes quando entro numa dessas pastelarias para comprar algum lanche! Explicarei nas linhas a seguir.
Recentemente, numa pastelaria, eu pedi um pastel de queijo com um refresco de maracujá e o balconista repetiu rapidamente "pasté de quesso e maraquijá?". É claro que com toda a educação eu respondi "sim", voltando a falar o meu pedido mais lentamente e dentro do vocabulário que conheço. Não satisfeito, o balconista que tinha a cara do Jackie Chan me pergunta novamente: "Maraquijá em lata, ô em máquira?". Juro que por um momento, acreditei que o atendente havia me xingado porque além de ter feito um rosto carrancudo, falou ainda mais depressa, como quem estivesse com raiva. Ele viu o meu semblante de quem ta perdido num bosque sem roupa, e repetiu a pergunta mais devagar. E só assim, entendi que ele estava me perguntando se eu queria o maracujá em lata ou da máquina de refrescos. Mais pedidos eram feitos por outros fregueses famintos ao meu redor, e quanto mais eu via o chinês pegando o meu "pasté de quesso", mais eu via ele repetindo a pergunta dos clientes, que ficavam mais confusos ainda. Era um jogo de pingue-pongue entre balconista e freguês, onde nenhum dos dois tinham raquetes! Confesso que aquela situação de perguntas e re-perguntas estava me deixando um tanto nervoso, e eu já mordia o meu pastel com vontade de engolir minha mão. E quando eu já estava menos estressado, o balconista com cara de Jackie Chan que havia me atendido, se aproxima de mim e me pergunta se "CARAMOLHO". Eu me retruco, internamente e mentalmente: "Que porra é essa???". Claro que eu não falei isso em alto e bom som, mas devo ter deixado escapar alguma faísca de ignorância total e plena pela íris dos meus olhos, porque vi logo em seguida, o chinês colocando o Catchup e a Mostarda na minha frente, reforçando em gestos, o que ele tinha dito. O china havia me pergunta simplesmente se "eu queria molho?". Claro que com toda a maneira e o sotaque de um bom e velho mandarim primitivo e desnaturado!
O mais estranho e sacana de tudo, é que além desses asiáticos balconistas nos fazerem ter a necessidade de estudar uma língua oriental - apenas para comer um puto de um pastel e um maracujá! -, eles começam a CONVERSAR NA LÍNGUA DELES dentro do balcão, enquanto comemos. Nada contra eles praticarem suas línguas-pátrias com fluência, mas quando eles dialogam de forma eloquente, abrangente e prolixa na nossa frente, eu admito que é a hora que me sinto como uma criancinha de chupeta com a fralda borrada. Eu não entendo bulhunfas do que dizem, e pra piorar, eles riem, gargalham, fofocam como se você não estivesse ali, naquele momento. Era como se eu tivesse, em um minuto, sido transportado para alguma província chinesa! "Big Trouble in Little China" à parte, eu cheguei a ver o Jackie Chan alterado falando seu idioma de maneira tão visceral e contundente que achei que ele tava puto com o irmão dele ali do lado... por um momento, acreditei mesmo que rolaria uma luta de kung fu onde os bambus de caldos de cana iriam servir como armas! Fiquei com medo. E engoli o meu salgado depressa.
Acho que agora entendo porquê eles trabalham tão agilmente com as mãos... já que demoram 5 minutos para se comunicar com os fregueses. E quando ficam putos com aquele negão que demora pra falar que quer um "kibe com coca", eles devem começar a falar na língua deles todos os xingamentos possíveis pra cima do cara... e sem receio de tomar porrada, claro. Imaginem então quando entra aquela gostosa no estabelecimento e eles devem falar tudo aquilo que não poderiam falar em português! Espertos, não? É, acontece que só eles se sentem assim, já que algumas vezes, numa pastelaria, quem fica com cara de pastel sou eu!
PS: Nada contra a forma de trabalhar dos chineses, que é um povo bem trabalhador e empenhado, de fato.
Recentemente, numa pastelaria, eu pedi um pastel de queijo com um refresco de maracujá e o balconista repetiu rapidamente "pasté de quesso e maraquijá?". É claro que com toda a educação eu respondi "sim", voltando a falar o meu pedido mais lentamente e dentro do vocabulário que conheço. Não satisfeito, o balconista que tinha a cara do Jackie Chan me pergunta novamente: "Maraquijá em lata, ô em máquira?". Juro que por um momento, acreditei que o atendente havia me xingado porque além de ter feito um rosto carrancudo, falou ainda mais depressa, como quem estivesse com raiva. Ele viu o meu semblante de quem ta perdido num bosque sem roupa, e repetiu a pergunta mais devagar. E só assim, entendi que ele estava me perguntando se eu queria o maracujá em lata ou da máquina de refrescos. Mais pedidos eram feitos por outros fregueses famintos ao meu redor, e quanto mais eu via o chinês pegando o meu "pasté de quesso", mais eu via ele repetindo a pergunta dos clientes, que ficavam mais confusos ainda. Era um jogo de pingue-pongue entre balconista e freguês, onde nenhum dos dois tinham raquetes! Confesso que aquela situação de perguntas e re-perguntas estava me deixando um tanto nervoso, e eu já mordia o meu pastel com vontade de engolir minha mão. E quando eu já estava menos estressado, o balconista com cara de Jackie Chan que havia me atendido, se aproxima de mim e me pergunta se "CARAMOLHO". Eu me retruco, internamente e mentalmente: "Que porra é essa???". Claro que eu não falei isso em alto e bom som, mas devo ter deixado escapar alguma faísca de ignorância total e plena pela íris dos meus olhos, porque vi logo em seguida, o chinês colocando o Catchup e a Mostarda na minha frente, reforçando em gestos, o que ele tinha dito. O china havia me pergunta simplesmente se "eu queria molho?". Claro que com toda a maneira e o sotaque de um bom e velho mandarim primitivo e desnaturado!
O mais estranho e sacana de tudo, é que além desses asiáticos balconistas nos fazerem ter a necessidade de estudar uma língua oriental - apenas para comer um puto de um pastel e um maracujá! -, eles começam a CONVERSAR NA LÍNGUA DELES dentro do balcão, enquanto comemos. Nada contra eles praticarem suas línguas-pátrias com fluência, mas quando eles dialogam de forma eloquente, abrangente e prolixa na nossa frente, eu admito que é a hora que me sinto como uma criancinha de chupeta com a fralda borrada. Eu não entendo bulhunfas do que dizem, e pra piorar, eles riem, gargalham, fofocam como se você não estivesse ali, naquele momento. Era como se eu tivesse, em um minuto, sido transportado para alguma província chinesa! "Big Trouble in Little China" à parte, eu cheguei a ver o Jackie Chan alterado falando seu idioma de maneira tão visceral e contundente que achei que ele tava puto com o irmão dele ali do lado... por um momento, acreditei mesmo que rolaria uma luta de kung fu onde os bambus de caldos de cana iriam servir como armas! Fiquei com medo. E engoli o meu salgado depressa.
Acho que agora entendo porquê eles trabalham tão agilmente com as mãos... já que demoram 5 minutos para se comunicar com os fregueses. E quando ficam putos com aquele negão que demora pra falar que quer um "kibe com coca", eles devem começar a falar na língua deles todos os xingamentos possíveis pra cima do cara... e sem receio de tomar porrada, claro. Imaginem então quando entra aquela gostosa no estabelecimento e eles devem falar tudo aquilo que não poderiam falar em português! Espertos, não? É, acontece que só eles se sentem assim, já que algumas vezes, numa pastelaria, quem fica com cara de pastel sou eu!
PS: Nada contra a forma de trabalhar dos chineses, que é um povo bem trabalhador e empenhado, de fato.
Já que você entende tanto de pasteleiro oriental, será que sabe me dizer porque os azulejos desses estabelecimentos são sempre iguais? Porra! Deve ser marca registrada ou alguma coisa parecida...
ResponderExcluirCertamente quando estão falando na língua deles por trás do balcão, estão te xingando em chinês e você nem sabe!... Como todos são franzinos, se usassem do português daria em merda, levariam porrada na certa porque não haveria kung fu que desse conta.
Ri muito lendo. Quem nunca sentiu esse incômodo ou se emputeceu em uma dessas pastelarias?
Eu tenho serios traumas com chineses e pastelarias
ResponderExcluirE além disso o esteriotipo deles tmb esta se estendendo as lavanderias aqui no Brasil
Mais um pouco e eles vão dominar tudo!
Só faltam os mercadinhos
Abç Marcel ;D
http://falandosobreall.blogspot.com/
Só conheço estas pastelarias de filmes e séries de tv...
ResponderExcluirMas, pelo que você descreveu, é bem assim mesmo.
Parece que a frase "clichês são clichês porque são verdadeiros" é válida na vida real também.
Até mais.