“A tecnologia é uma bênção”, diriam alguns. Até concordo, se algumas delas não ultrapassassem os limites do bom senso e da pertinência. Em meu dia a dia, admito não conseguir mais viver sem eletricidade, sem computador e sem Ratolfo, um ratinho eletrônico que uso pra provocar os gatos da vizinhança. O aprimoramento e a inventividade de alguns eletro-eletrônicos são tantas, que fico às vezes me perguntando se aquilo tudo é mesmo necessário ou apenas um meio de tal marca se exibir e querer chamar mais atenção do que a outra... é o caso do celular mil-e-uma-utilidades!
Hoje temos vários modelos, tamanhos e cores para escolher. O celular não se enquadra mais na tabela dos acessórios obrigatórios para lhe ajudar ou lhe “salvar” de uma situação urgente, caso esteja na rua perdido; isso é coisa de um passado remoto, quando ainda existiam aqueles celulares-tijolos que serviam exatamente apenas para realizar ligações. Atualmente, em qualquer lojinha 3x4 com vendedores vestindo uma camisa de alguma operadora famosa, podemos adquirir um celular no formato mais aerodinâmico possível por um valor “camarada” e cheio de promoção. Com funções embutidas que deixariam o meu querido e engenhoso MacGyver de cara no chão!! Tiramos fotos, damos “zoom” que nem um atirador de sniper, gravamos a aula na faculdade, brincamos de jogos que mais parecem um míni-playstation, temos monitores cada vez mais largos que obedecem a uma dedada sua, outros que fazem o que a sua voz mandar, temos no tamanho de um OB e montamos praticamente uma estação de rádio na pasta de mp3 que possuímos... isso, sem falar ainda que qualquer um pode usar esses estupendos celulares pra filmar a transa da namorada e, depois quando terminar com ela, jogar na internet! E ainda não ficaria surpreso se um dia testemunhar por aí, um celular servindo de liquidificador e batendo um “açaí” pra mim no finalzinho da tarde.
Mas aí eu pergunto: pra quê toda essa funcionalidade e criatividade das arábias se o mais importante é fazer ligações? E justamente essa função, que teria que ser a primordial e a mais necessária, é deixada em segundo plano. Percebam que os sinais de captação, a interferência e o “picote” numa conversa vivem acontecendo! Há celulares que definitivamente não pegam no metrô, dentro do cinema e até mesmo no interior de algumas específicas lojas – eu tive um assim! Culpa da operadora? Pode ser. Mas isso também não suaviza o julgamento desses aparelhos que se importam muito mais em nos encher de maravilhas multi-uso, do que facilitar a digitação da tecla e uma maneira fácil e prática de completar uma ligação. Se estivermos vendo alguém sendo assaltado ou alguma casa pegando fogo, é bem capaz de usarmos nosso celular não para ligar pros bombeiros ou pra polícia, mas pra tirar fotos e filmar o acontecimento, tamanha é nossa automatização em cima dessas bênçãos que o celular oferece.
Precisamos rever nossos conceitos... ou melhor, nossos aparelhos! Porque falta pouco pra usarmos eles como brincos ou penduricalhos de mochilas.
* Marcel Camp tem um Nokia prateado e arranhado.
Hoje temos vários modelos, tamanhos e cores para escolher. O celular não se enquadra mais na tabela dos acessórios obrigatórios para lhe ajudar ou lhe “salvar” de uma situação urgente, caso esteja na rua perdido; isso é coisa de um passado remoto, quando ainda existiam aqueles celulares-tijolos que serviam exatamente apenas para realizar ligações. Atualmente, em qualquer lojinha 3x4 com vendedores vestindo uma camisa de alguma operadora famosa, podemos adquirir um celular no formato mais aerodinâmico possível por um valor “camarada” e cheio de promoção. Com funções embutidas que deixariam o meu querido e engenhoso MacGyver de cara no chão!! Tiramos fotos, damos “zoom” que nem um atirador de sniper, gravamos a aula na faculdade, brincamos de jogos que mais parecem um míni-playstation, temos monitores cada vez mais largos que obedecem a uma dedada sua, outros que fazem o que a sua voz mandar, temos no tamanho de um OB e montamos praticamente uma estação de rádio na pasta de mp3 que possuímos... isso, sem falar ainda que qualquer um pode usar esses estupendos celulares pra filmar a transa da namorada e, depois quando terminar com ela, jogar na internet! E ainda não ficaria surpreso se um dia testemunhar por aí, um celular servindo de liquidificador e batendo um “açaí” pra mim no finalzinho da tarde.
Mas aí eu pergunto: pra quê toda essa funcionalidade e criatividade das arábias se o mais importante é fazer ligações? E justamente essa função, que teria que ser a primordial e a mais necessária, é deixada em segundo plano. Percebam que os sinais de captação, a interferência e o “picote” numa conversa vivem acontecendo! Há celulares que definitivamente não pegam no metrô, dentro do cinema e até mesmo no interior de algumas específicas lojas – eu tive um assim! Culpa da operadora? Pode ser. Mas isso também não suaviza o julgamento desses aparelhos que se importam muito mais em nos encher de maravilhas multi-uso, do que facilitar a digitação da tecla e uma maneira fácil e prática de completar uma ligação. Se estivermos vendo alguém sendo assaltado ou alguma casa pegando fogo, é bem capaz de usarmos nosso celular não para ligar pros bombeiros ou pra polícia, mas pra tirar fotos e filmar o acontecimento, tamanha é nossa automatização em cima dessas bênçãos que o celular oferece.
Precisamos rever nossos conceitos... ou melhor, nossos aparelhos! Porque falta pouco pra usarmos eles como brincos ou penduricalhos de mochilas.
* Marcel Camp tem um Nokia prateado e arranhado.
kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluiradorei o post, e vc esta certo. O Celular hoje é uma uniao de varias tecnologias, é uma tv, um notebook, um modem (tive um que era modem de internet), radio, arma (é, nao queira levar um celular na cara, doi, experiencia propria), e claro, é um telefone. Por incrivel que pareça,. eu, como futuro engenheiro de computação com enfase em telecomunicações, nao sou muito vidrado nas utilidades do celular, uso ele mais para telefonar. Mas, pra quem tem um iphone por exemplo, telefonar se torna banal!!!!!!!!
Isso me lembrta tb aqueles relógios, que traziam 200 opções de utilidades extras, quando a função de um relógio é simplesmente dizer as horas...
ResponderExcluirOs celulares vão ficando absurdo em níveis de apetrechos. Isso acontece por causa de um caráter humano muito ruim, que é o "status psicológico". Se vc pensar bem, verá que a maior parte dos "extras" de um celular são coisas inúteis, mas o fato de celular "A" ter 300 coisas mais que o "B", vai fazer vc querer comprar o "A", mesmo pagando bem mais caro pra um aparelho que tem a função básica idêntica a do outro...