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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os Trapalhões


Houve um tempo, mais precisamente nas décadas de 70, 80 e até meados de 90, que Didi Mocó Sonrisep Colesterol Novalgina Mufumbo (com dois "b", como ele dizia) era verdadeiramente ENGRAÇADO... num tempo onde o "Politicamente Correto" ainda não ditava suas regras, Didi não se resumia a esse humorista de hoje, que mais virou um produto reformulado de uma maneira esquemática e boba por um padrão televisivo que não entende mais nada de comédia! Didi, o LÍDER do melhor quarteto humorístico DO MUNDO chamado "Os Trapalhões" (formado pelos companheiros Dedé, Mussum e Zacarias), atualmente é uma caricatura sem graça de si mesmo. O que para os fãs de outrora, como eu, é uma pena!

Vejam esse video que mostra o quanto eles eram bons juntos:


A História:

Os Trapalhões foi um famoso grupo humorístico brasileiro que obteve sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960 até por volta de 1990. O grupo era composto por Didi (Renato Aragão), Dedé (Manfriedi Santana), Mussum (Antônio Carlos) e Zacarias (Mauro Gonçalves); cada um desenvolveu uma persona cênica distinta.

O quarteto tinha um programa de televisão homônimo criado por Wilton Franco, que estreou em março de 1977, antes do Fantástico. Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença d'Os Trapalhões.

Um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, Os Trapalhões entrou para o Livro Guiness de Recordes Mundiais como o programa humorístico de esquetes de maior duração da televisão, com trinta anos de exibição.

Vejam esse hilário quadro com Didi, Dedé, Mussum e a narração de Zacarias:


Os Personagens:

  • Didi (Renato Aragão): Um esperto cearense com linguajar e aparência bastante cômicos, e que poucas vezes terminava as cenas com má sorte ou como perdedor, tanto enfrentando inimigos como seus próprios três companheiros. Apesar de ser o líder do grupo, em certas cenas é considerado pelos seus três companheiros como o membro de menor importância. Era apelidado de "cardeal", "cearense", "cabecinha" ou "cabeça-chata", referindo-se à sua condição de retirante nordestino.
  • Dedé (Manfriedi Santana): Era o que agia com mais seriedade e considerado o cérebro do grupo, sendo uma espécie de "segundo no comando". Sua masculinidade era sempre ironizada por Didi, que criava apelidos como "Divino".
  • Mussum (Antônio Carlos: Um bem-humorado negro carioca que tinha orgulho de dizer que era natural do Morro da Mangueira, uma comunidade do Rio de Janeiro. Possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o "is" no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões "cacildis" e "forévis". Sua maior paixão é a cachaça, a qual ele chama de "mé" (ou "mel"). Devido ao fato de ser negro, era sempre alvo de piadas e apelidos, como ser chamado ironicamente de Maizena por Didi, ou mesmo "azulão", "Mumu da Mangueira" ou "cromado".
  • Zacarias (Mauro Gonçalves): Um tímido e baixinho mineiro com personalidade infantil e voz bastante fina, como a de uma criança. Por ser calvo, sempre usava uma peruca.
Vejam a QUALIDADE dessa impagável esquete:


A estréia na TV Globo:

Em 1977, o diretor de operações da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, convidou os Trapalhões para levar seu programa para a emissora. Renato Aragão conta que temia aceitar a proposta. Afinal, na Tupi, ele tinha toda a liberdade para ser irreverente o quanto quisesse. A Globo era conhecida pelo seu famoso padrão de qualidade, e o humorista não tinha certeza se os Trapalhões se encaixariam nele. Para não ter que recusar formalmente a proposta, ele chegou a fazer uma lista de exigências de três páginas na qual determinava quais seriam o diretor, redator e o horário do programa. Para sua surpresa, Boni aceitou sem questionamentos as exigências. Os Trapalhões mudaram, então, de emissora.Depois de dois especiais exibidos dentro da faixa de programação Sexta super, às 21h, em janeiro e fevereiro, Os Trapalhões estreou em 13 de março de 1977, aos domingos, antes do Fantástico. O programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados com números musicais, exibidos sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios Trapalhões.

Um quadro mais longo, cheio de ação e diálogos, podia ser seguido por uma sucessão de gags visuais curtas e um quadro fixo como o Trapaswat, uma paródia do seriado americano SWAT. O diretor Augusto César Vanucci citava as chanchadas e a comédia pastelão como principais referências, mas não havia um formato pré-estabelecido. Segundo Renato Aragão, qualquer ideia podia virar um esquete a qualquer momento. Ele conta que, certa vez, a caminho do estúdio, ouviu no rádio a canção Teresinha, de Chico Buarque. Achou que a letra – a história de vários amores do ponto-de-vista de uma mulher – daria um quadro para Os Trapalhões. Ao chegar ao Teatro Fênix, onde era gravado o programa, escreveu ele próprio o esquete e, no mesmo dia, gravou uma espécie de videoclipe satírico no qual o quarteto interpretava os personagens da música.Foi a primeira de uma série de paródias de musicais que marcaram o humorístico. Os Trapalhões também costumavam participar dos números dos cantores convidados. Quando Ney Matogrosso foi ao programa, Didi estava trajando figurinos e maquiagem idênticos aos dele, por exemplo. Situação parecida aconteceu em outras ocasiões com outros artistas, como Elba Ramalho e Tony Tornado.

Esquete musical quando eles parodiavam cantores (muito legal!!!):


O programa também tinha outros atores fixos que não faziam parte do quarteto principal: o hilariante Tião Macalé (que imortalizou o bordão "Ih! Nojento!"), Jorge Lafont (que satirizava os homossexuais), Emil Rachid (o gigante atrapalhado de 2,23 m), Carlos Kurt (o "alemão" de olhos esbugalhados e sempre mal-humorado), Felipe Levy (frequentemente no papel de "chefe" ou "comandante"), Roberto Guilherme (o eterno "Sargento Pincel", quase o quinto trapalhão, uma vez que acompanhou o grupo em toda sua trajetória), Dino Santanna (irmão de Dedé Santana), o anão Quinzinho entre muitos outros.

A primeira baixa:

O grande e primeiro baque para os humoristas, foi a perda do companheiro Zacarias em março de 1990. O falecimento daquele que era considerado um dos mais engraçados e ingênuos do quarteto, deixou os outros integrantes e os fãs completamente arrasados. Mussum, um grande amigo de Zaca, chegou a cogitar sair do programa de vez, mas insistido pelos outros dois amigos Didi e Dedé, o carioca permaneceu. Dois anos mais tarde, agora como um trio, o programa justamente pela ausência de Zacarias, começa a sofrer mudanças e um pouco do estilo dos quadros são alterados.

Zacarias e Didi, num quadro EXCELENTE:


Foi nessa época, inclusive, que quadros como o da "Vila Vintém", - onde Didi fazia o morador de rua "Bongo" (uma clara homenagem ao vagabundo Carlitos, de Charles Chaplin) -, Zé do Brejo (uma crítica aos anos duros da seca nordestina e ao coronelismo) e o hilário "Oooos Pirata", onde Didi, Dedé e Mussum faziam bucaneiros invasores de navios conquistaram novos públicos.

A segunda e derradeira queda:

Em 29 de julho de 1994, aquele que era visto como talvez o comediante mais completo do grupo, morre. Mussum faleceu em decorrência de problemas no coração, deixando o restante dos integrantes desolados e sem mais conseguir reagir. Dedé se afasta e confessa não estar mais com força para dar continuidade e Renato Aragão conta que achou que sua carreira havia chegado ao fim definitivamente. Depois de ainda tentar prosseguir durante um tempo, o humorista decidiu parar de gravar o programa. Nesse terrível ano, eles deixaram de gravar quadros para exibir apenas reprises: versões compactas de 25 minutos com os melhores momentos dos Trapalhões desde a estreia em 1977 passaram a ser exibidos de segunda à sexta, às 17h. A direção era de Fernando Gueiros, com supervisão geral de Maurício Sherman.

Antes de Malhação estrear, esse horário foi preenchido por essas reprises e a emissora percebeu que a audiência era grande com esse antigos quadros, o que acabou trazendo uma nova motivação para os produtores que começam a pensar em reestrear o programa para os anos 2000.

Uma esquete onde o Mussum mostrava o quanto ele era bom:


Atualmente:

Após várias discussões e debates na Rede Globo, Dedé Santana reergueu sua parceria com Aragão no programa de televisão A Turma do Didi, dirigido por Guto Franco. O episódio foi transmitido no domingo,dia 22 de junho de 2008 e contou com a participação dos amigos juntos.Após os momentos de nostalgia e brincadeiras entre a equipe técnica, que confirma que Didi ficou à vontade ao trabalhar com Dedé, o elenco surpreendeu-os com bolo e festa pela presença do humorista novamente na trupe. Foram quase quinze anos de distância profissional, mas a amizade, dizem eles, continua a mesma. Apesar de toda a alegria do reencontro, nenhuma menção ao extinto Os Trapalhões foi feita. "Reviver o passado é muito duro para nós dois. Não podemos fazer nenhuma referência; foi uma época de ouro, agora é outro trabalho, novos tempos", explica Aragão, o Didi.

Comenta-se que a Globo resistiu mas sem nunca recusar a possibilidade dos últimos integrantes trabalharem juntos novamente. Para os antigos fãs da série, este acontecimento marcou um real acordo entre os dois "trapalhões" remanescentes.

A famosa abertura de Os Trapalhões:

A primeira abertura (com o tema tocado em Orquestra!):


A abertura original d'Os Trapalhões foi concebida por Hans Donner em 1977. Era um desenho animado que mostrava Didi, Dedé, Mussum e Zacarias numa sequência de situações absurdas. Entre outras aventuras, os quatro escapavam de ser atropelados por uma locomotiva, fugiam da perseguição de um tubarão, atravessavam o sertão vestidos como cangaceiros e subiam a bordo de um navio pirata no qual Didi aparecia como capitão, usando uma perna-de-pau. Tudo isso ao som do tema instrumental que acompanharia o grupo ao longo dos anos, composto pelo diretor musical do programa José Menezes França. O programa ganhou nova abertura de Hans Donner em 1987. Dessa vez, os quatro comediantes gravaram todas as cenas em película, como se estivessem contracenando com outros atores.

A abertura mais clássica e modernizada feita nos anos 80 (essa eu era criança!):


Depois, suas imagens foram coloridas por computador e foram inseridos desenhos animados. Como na primeira abertura, os Trapalhões eram mostrados em diversas situações cômicas, mas, dessa vez, os traços realistas ressaltavam o absurdo das gags: Dedé era um frentista de posto de gasolina que, distraído com a passagem de uma mulher de biquíni, quase afogava um cliente com combustível; Mussum era um pescador que secava um rio quando acidentalmente arrancava a tampa de um ralo imaginário gigante; Zacarias era um caçador embrenhado na mata que levava um ovo na cara quando tentava atirar num passarinho; e Didi, um presidiário que fazia embaixadas com a bola de ferro presa ao seu tornozelo, dava um belo chute de bicicleta e era catapultado para fora dos muros da prisão. Renato Aragão lembra que teve que repetir a cena da bicicleta diversas vezes, sem dublê, até que o diretor se desse por satisfeito com o resultado. Para começar, pela primeira vez, desde a estreia, os humoristas não apareciam na vinheta de abertura. Dessa vez, uma animação mostrava as letras da logomarca do programa executando um balé no vídeo até que, por fim, se uniam para formar as palavras “Os Trapalhões”. em 1992 eles três voltaram com uma nova abertura: Mussum-o guarda de trânsito atrapalhado, Dedé um tocador de flauta ilusionista e Didi um domador de elefante. Em 1993, uma última abertura foi criada por Hans Donner, dessa vez, os três protagonistas eram marionetes manipulado pelos próprios.

A última abertura do programa:


Em 31 de Julho de 1994, com a morte de Mussum, foi intitulado como "os melhores momentos de todos os tempos"… a abertura ficou similar com a anterior, e contava com diversas montagens de todas as aberturas.

Curiosidades Finais:

Os Trapalhões trouxeram para a TV Globo sua marca-registrada: o hábito de improvisar em cena e inserir cacos no texto com o único objetivo de fazer o público rir, sem a preocupação de respeitar normas cênicas convencionais. Assim, era comum que Didi levantasse a grama cenográfica para esconder uma chave, chutasse rochedos feitos de isopor para o alto, atravessasse paredes falsas ou denunciasse a ironia de estar fingindo se afogar em um mar feito de celofane. Também era freqüente que os colegas de cena explodissem em gargalhadas no meio das falas e, em seguida, voltassem normalmente ao script.

  • Para Renato Aragão, a improvisação foi um recurso tão vital para o humor do programa quanto o texto. Ele conta que, no início, chegou a ser advertido por meio de memorandos de que seus cacos ameaçavam “desmistificar a televisão”. Boni, no entanto, tratou de dar aos comediantes carta branca para que fizessem o que bem entendessem.
  • Renato Aragão criava bordões com extrema facilidade usando expressões já existentes ou simplesmente inventando coisas como “audácia da pilombeta!”. Vários bordões de Didi foram incorporados pelo público e expressões como “é fria!” (encrenca); “bufunfa” (dinheiro), “poupança” (traseiro), “tesouro” ou “bicho bom” (mulher bonita) se tornaram gírias que são repetidas desde então. Didi também se comunicava diretamente com o telespectador do programa chamando-o de “ô da poltrona” ou simplesmente de “ô psit”.
  • Renato Aragão criou ainda gestos que se pode chamar, com alguma liberdade poética, de “bordões visuais”, como o de passar a mão sobre a boca e depois estalar os dedos no ar, como quem recolhe um beijo e o sapeca no espaço. Um sinal de positivo com a cabeça ou até mesmo uma palavra positiva para mostrar aos demais personagens da cena que concordava com o que eles queriam lhe dizer, mas ao mesmo tempo esticava uma das pernas e com o calcanhar apoiado no chão balançava o pé para a direita e para a esquerda de forma negativa (quase que dizendo um "não" com o pé) e olhava para a público com um olhar de deboche dos demais personagens (muitas vezes esticando as sobrancelhas) indicando para a plateia que Didi no fundo não acreditava no que os outros personagens diziam para ele ou até mesmo duvidava da masculinidade de outros personagens, fazendo com que algumas vezes o público já soubesse de antemão que Didi iria se sair bem de qualquer situação que tinham aprontado para ele. Um gesto positivo, de confiança dirigido à câmera e, portanto, ao telespectador, que sintetizava o que outro dos bordões de Didi dizia em três palavras: “aguarde e confie”.
  • Dedé também ficou na mente dos admiradores do humorista com suas risadas esquisitas, que intercalavam gargalhadas e soluços, sempre em tons altos (além de falar com voz aguda e segurar a barriga sempre que repetia esta risada)
  • Mussum também eternizou outro bordão famoso d'Os Trapalhões. Ele usava a palavra inglesa “forever” – que significa “para sempre” em português – para designar várias coisas, em especial o traseiro. Pronunciada à sua maneira peculiar, a palavra se tornava “forévis”. Além do famoso "cacildis" sua maneira de dizer "calcilda", entendido como algo parecido com "caramba".
  • Zacarias também possuía uma risada característica na qual o personagem colocava a mão na boca tapando dos dois dentes da frente, um som todo peculiar de mineirinho bem do interior. Também sempre que sofria com as trapalhadas dos demais companheiros ele contorcia os olhos e saia de cena fazendo movimentos estranhos como cacoetes de seu personagem, quando as armações eram feitas por Didi, o Zacarias gritava com uma voz aguda e continua "Didiii!!!"
Pra finalizar, uma das esquetes que eu MAIS gosto!!! (sensacional):


* Eu sou um GRANDE FÃ do quarteto. Não consigo mais achar tanta graça nos programas atuais feitos por Didi e Dedé, infelizmente. Apesar de ainda torcer por eles, não encontro mais vestígios de originalidade e criatividade como eram com os quatro humoristas. Portanto, eu sei muito bem diferenciar o que é hoje o burocrático "A Turma do Didi" , do clássico, cultuado e autêntico "Os Trapalhões".

3 comentários:

  1. Cacete, Marcel! Li o artigo agora e fiquei com a sensação de que VOCÊ NÃO DEIXOU PASSAR NADA! Excepcionalmente completo!

    Os Trapalhões fizeram parte da minha infância, mas me geravam certa tensão. Ao ouvir a música da abertura eu me dava conta de era noite de domingo e no dia seguinte teria aula... Traumas infantis!

    O programa atual do Didi é tão estranho e sem graça que eu, nesse tempo todo, só assisti uma única vez. Completamente fora do propósito e do tom de antigamente.

    Beijo.

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  2. Marcel, esse texto foi de tirar o fôlego, ao mesmo tempo bem nostálgico. Realmente foi o melhor programa de humor brasileiro, junto com Chico Anisio Show. Eles foram demais. Mas com o passar dos anos, a coisa foi entrando em decadência, talvez pela falta de criatividade ou desgaste mesmo, quando vejo hoje o programa A Turma do Didi, sinto náuseas de tão ruim que é, não sei como o Renato Aragão conseguiu se unir com um elenco tão ruim, que nem humoristas são, e fazer algo tão sem graça e patético. No final dos anos 90, não sei o ano precisamente, passou um revival dos trapalhões da época dos anos 70 e 80, gravei um monte de programas no meu antigo vídeo cassete, até hoje tenho esta fita e vou repassar pra DVD, tem muitos quadros raros que nem tem no youtube ou lugar nenhum da net, raridades.

    Marcel, gostaria de propor o seguinte, como gosto do teu blog, vamos fazer uma parceria, eu coloco o link do teu blog no meu e vc coloca o link do meu aqui na sessão 'minha lista de blogs', assim a gente divulga nossos blogs simultaneamente, ok?

    Um abração pra ti.

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  3. Eu curto muito a versão nova do programa que foi feita em 1993,será que alguém tem algum video da banda que tocou essa musica,a ultima versão porque da antiga eu ja vi obrigado

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