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terça-feira, 5 de julho de 2011

SÉRIES: Falling Skies - Um novo sopro na Ficção Científica Alienígena!!!


Superproduções que contam histórias de invasões alienígenas e robóticas sobre a terra, já são produzidas pelos cinemas há décadas e, atualmente, até soam batidas e manjadas. Com tantos filmes ruins sobre o tema (Independence Day, Skyline, o remake de O Dia em que a Terra Parou, Transformers...), o espectador já desconfia de cara da qualidade de um novo projeto que aborde esse mesmo assunto de forma, no mínimo, interessante. No entanto, Falling Skies conseguiu uma proeza: mesmo não sendo nada original, a nova série criada por Robert Rodat e Steven Spielberg, e produzida por esse último para o canal fechado TNT, é bem sagaz e consegue envolver o telespectador do início ao fim.

Contando uma típica história de sobrevivência (assim como “Lost” e “Walking Dead”), o seriado já começa mostrando vários grupos de pessoas que lutam para se manter vivas e resgatar seus entes queridos enquanto que, conseqüentemente, irão precisar unir forças para combater também os inimigos... esses, formados por alienígenas e máquinas de combate. Até então, nada novo no reino encantado, afinal, já vimos isso em outras histórias do mesmo gênero. Mas Falling Skies não pretende inovar em nada – pelo menos, por enquanto, - e exibe de maneira correta e sem delongas, os confrontos imediatos e sempre perigosos dos humanos contra seus estranhos e medonhos opressores. Uma coisa é intrigante, no roteiro: além de, aparentemente, quererem dominar a Terra, os aliens matam os adultos, mas por uma ainda desconhecida razão, eles mantém as crianças e os jovens “presos” em uma espécie de coluna artificial que mais parece um tipo de parasita que os deixam controláveis pelos extraterrestres. Gostei disso!

A série nos chama atenção também pela cara produção. Claro que, vindo de um cineasta como Spielberg, a gente não espera nada menos que algo visualmente impressionante... mas diferente de diretores que, com superproduções na mão, ainda insistem em fazer um balaio de efeitos especiais truncados e espalhafatosos, aqui, percebemos um cuidado muito bem elaborado em toda a parte técnica. Particularmente, achei o design das criaturas e das máquinas de combate bem acima da média, para um trabalho desenvolvido diretamente pra televisão! Os aliens, que são chamados de “Saltadores”, são muito bem feitos; possuindo seis pernas como de aranhas, eles também se locomovem escalando paredes e prateleiras e estão sempre sorrateiros, aumentando o grau de periculosidade que transmitem aos humanos. Os robôs de vigília, também são outro show à parte,conseguindo um visual de forte impacto; eles são aparelhados com armas, lasers e lanternas embutidas, como sofisticados “caçadores” em busca de seus alvos, e se já não bastassem ter uma aparência também medonha, esses robôs ainda emitem um som, uma espécie de ruído ao caminhar que, principalmente, favorece muito mais para a agressividade que despertam.

A série também conta com um elenco bem afiado, entre eles o veterano Will Patton, como uma espécie de “comandante” das unidades de sobreviventes. Sim, a essa altura do campeonato, existem unidades de combates e guerrilheiros formados por moradores de bairros e cidades(!) em proteção aos civis, como uma verdadeira estrutura de guerra... até porquê, eles realmente estão em guerra! Há também a médica dedicada Ann Glass (feita pela simpática descendente de índios Moon Bloodgood), o jovem impetuoso, a mocinha valente e o menininho chato, rs. Mas, todos muito bem interpretados, em especial para o protagonista Tom Mason, um Professor de História que precisa resgatar o filho capturado pelos aliens. Feito de maneira sutilmente intimista pelo ator Noah Wyle, o Professor certamente se tornará o “líder” de seu grupo, mas de maneira natural e nunca imposta. Outro acerto do roteiro. E se não bastasse, sempre tem também um filho da puta que lidera outro grupo de filhos da puta com o simples objetivo de se sobressaírem em seus exclusivos interesses... é o que acontece quando um novo bando rivaliza com o bando do Professor. Mas na série, esse grupo, digamos, “rival”, é muito bem inserido na trama, mesmo que de forma rápida, pois percebemos que apesar de ser mais marginalizado e egoísta, o líder desse grupo também é amargurado e possui uma vida sofrida deixada para trás, como sua própria família. Aliás, desconfio que a atiradora deles chamada de “Maggie” (feita pela bela Sarah Carter) caia no gosto popular rapidinho, depois de uma seqüência muito bem orquestrada que resulta num dos melhores momentos desse episódio piloto. Mais um ponto certeiro do bem trabalhado roteiro da série!

E finalizando, por falar no roteiro, Falling Skies possui um desenvolvimento narrativo muito bom mesmo! O espectador é logo inserido nos diálogos dos personagens, sem as frases nunca soarem tão expositivas. Gostamos tanto do Professor por sua solidariedade e preocupação aos demais, como entendemos a rudeza do Capitão Weaver apenas pela maneira direta dos bem escritos diálogos. Outra coisa que a série acerta é equilibrar bem momentos tensos (como os robôs passando por cima de uma ribanceira onde está o filho do protagonista), momentos de ação (como o tiroteio que acontece dentro de um supermercado) e outros momentos mais ternos, como a passagem que vemos crianças brincarem de skate, como se aqueles rápidos minutos de distração, tivessem que ser compartilhados por todos. Essa cena, inclusive, foi bem Spielberguiana, rs. E algo que me impressionou bastante na condução do roteiro, é que ele jamais soa tão esquemático; pois se por um lado sabemos que foram os aliens que invadiram o nosso planeta e estão matando humanos pelos 4 cantos, por uma outra percepção, podemos suspeitar de que eles também estão ali como meros soldados, se vendo apenas como cumpridores de uma missão... basta saber se por vontade gratuita ou necessidade! É o que vemos quando um alienígena atingido com um tiro parece ao mesmo tempo estar ingênuo ou alheio àquilo tudo. Tanto que, confesso, fiquei com pena do alienígena que ali morria na frente dos humanos. E acreditem: isso é raro num roteiro que é favorecido com a sensibilidade de uma boa direção!

É isso: Falling Skies merece mesmo ser visto por essas suas qualidades aqui descritas, conferido com atenção e percebido como uma, quem sabe, ousada proposta de se levar um novo ânimo para esse gênero tão desgastado que é o de Invasão Alienígena. Mas que aqui, começou felizmente, com o “pé direito”.

PS: Eu somente vi o episódio piloto (feito como um filme de longa-metragem), que estreou apenas há duas semanas e gostei muito, mas soube que os episódios normais de 50 minutos de duração já começaram a sair... e deve estar indo pro quarto episódio agora!

5 comentários:

  1. To gostando também cara, mas tb acho que tá faltando originalidade a série. Estou postando a série por lá na Dois e Meio. Se quiser dar uma conferida coloquei nos slides destaque do blog.

    abraço!

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  2. Vi apenas um episódio no Space, mas confesso que não prendeu minha atenção, é bem feitinho só que pouco empolgante =\

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  3. Mais uma que eu não conhecia. Me parece ser interessante, apesar de eu não ser adepta de ficção científica e ter aquele constante problema em relação a acompanhar séries...

    Até!

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  4. Estava mesmo sentido falta de boas produções com esse tema
    As opiniões sobre essa série estão bem divididas
    Estou esperando mais alguns episódios serem lançados pra começar a ver
    Me interessei
    Abç Marcel

    http://falandosobreall.blogspot.com/

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  5. Pearl Jam em novembro/11, na Apoteose!!!
    Dessa vez eu vou nem que seja morto!

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