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terça-feira, 5 de abril de 2011

Conto Degenerado #4

ASPÁRBIA – Capítulo 4

O Grande Problema de Ione

Havia ocasiões onde as coisas pareciam ainda mais estranhas em Aspárbia. Os pensamentos luxuriosos de Ione afloravam quentes em algumas noites, fazendo dela uma ninfomaníaca de idade avançada. Era como se uma onda de calor lhe penetrasse, de baixo pra cima (mantendo-se nas regiões baixas, óbvio!) invadindo as entranhas, danificando ainda mais os pensamentos, fazendo com que o furor de seus três amantes fosse insuficiente para aquietá-la; uma verdadeira tsunami de hormônios rebeldes! Pra essas ondas de calor a Rainha disponibilizava de sua coleção de picolés, mas talvez nem isso pudesse reverter seu. Ela sentia-se triste. Vontade de experimentar novos homens, novas raças. Talvez fosse curiosidade, pois muitos diziam que os índios da região norte de uma tal de Brasil eram bem dotados; mas o peso da coroa fazia com que Ione se sentisse presa àquela cidade maldita. Talvez somente influência da lua sobre a face lunática da Rainha canceriana. Ou haveria algo mais?

Ione já havia conversado a respeito com Dr. Fóid, mas a Rainha recusava qualquer tipo de tratamento que pudesse reduzir suas angústias e excessivas taras sexuais. Ela era definitivamente devassa e assim desejava morrer. Aliás, o grande sonho de Ione era morrer fudendo! Orgulhava-se pela inveja que despertava no mulherio mal amado de seu país, orgulhava-se de seus três amantes, orgulhava-se de poder desfrutar do microfone grosso e potente de Tonhão e orgulhava-se a cada olhar tórrido e saudoso que recebia de Dois-Paus quando desfilava seminua pela cidade, causando no mendigo dupla ereção sem que ele tivesse tomado catuaba..

Entretanto alguns moradores já haviam percebido diferenças no comportamento da Rainha. Tonhão, seu gato jornalista, aumentara as visitas noturnas tentando alegrá-la e Custódia buscava no tarô descobrir o mal que acometia sua monarca. Penístoples enviava seu baguete fresco todos os dias. Somente Virgínia parecia não importar-se, uma vez que problemas sexuais não faziam parte de sua realidade e com uma cobra daquelas nada a poderia esmorecer.

Paralelo a esse misterioso problema pessoal de Ione havia também o boato de que Aspárbia seria invadida por uma legião de beatas loucas e virgens que buscavam fundar uma seita protestante e acabar com a putaria local, construindo igrejas no lugar dos puteiros e bocas de fumo. Isso deixava em polvorosa J. Carreirinha, que constantemente queixava-se à rainha e ao Delegado Durão, pois via em risco seu ganha-pão. Assim como irritava Custódia que tinha medo de ser excomungada ou queimada na fogueira, devido ás suas práticas de feitiçaria. Aparentemente, Ione nada fazia para conter o boato ou confirmar a invasão.

Não se sabia ao certo o que estava realmente incomodando Ione... Os lucros da cidade eram altos com o turismo sexual e com a grande venda de drogas e produção de cachaça pinga-fogo-no-rabo, portanto acreditava-se que não fossem questões financeiras. Além dos três amantes, corria frouxo o caso com o jornalista Tonhão, que afastava a problemática de falta de sexo (verdadeiro motivo de morte para a rainha!). Ultimamente era comum que Ione apenas assistisse ao desfile diário de carnaval da sacada do castelo, balançando seu guarda-chuva, sem descer e se acabar na esbórnia como era seu costume. E, seu último tratado, o “Tratado da Orgia Obrigatória Toda Segunda Feira”, havia sido assinado há quase um mês. Ela não passava mais de uma semana sem decretar inovações sexuais bizarras e isso intrigava a população.

Apostas começavam a correr pelas ruas de Aspárbia. Quem não possuía bens, apostava a própria bunda! O importante era participar! Todos queriam desvendar o mistério da Rainha, muitos queriam ganhar a aposta e, aqueles que haviam apostado a bunda, não se incomodavam em perder.

Até que, em determinada noite, um vulto foi visto rondando as portas do castelo e tomando a direção do coreto, onde alguns bêbados e drogados ainda jaziam torpes pelo chão após o desfile do bloco. Esse vulto passou desapercebido pela guarda do castelo, pois Juvenal estava ocupado fazendo mexericos com seus capatazes e escolhendo, entre eles, um que tivesse ‘calibre’ adequado e bastante bala na agulha para satisfazê-lo naquela madrugada solitária. Foi o suficiente pra dar em merda! Na manhã seguinte um escândalo havia se instaurado na cidade.


*No próximo capítulo: Crime Em Aspárbia

10 comentários:

  1. KKKKKKKKKKKKKKKKKkkkk

    A Ione do primeiro quadrinho tá absurdamente engraçada!!! Adorei, Marcel!!!

    Tudo perfeito! Absolutamente tudo!!! Vou dizer mais o que?!

    Beijo!

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  2. Totalmente insano e interessante...

    :)

    os cartuns dão um toque incrivelmente novo na história...

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  3. Engraçada a história. As charges são boas também.

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  4. as charges dão um toque a mais á história . gostei.

    http://andyantunes.blogspot.com/

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  5. muito engraçado o texto!

    parabéns!

    os desenhos estão perfeitos também!
    que bom que tens uma vertente boa para o humor!

    abraços!

    http://manuscritoperdido.blogspot.com/

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  6. Dr Fróid é fróida! lol

    Ficou legal a historinha =]

    http://animesinthesky.blogspot.com/

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  7. É A ALMA VIGILANTE DE UMA "SANTA" ESTUPRADA!

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  8. Quero só vê esse Crime! *-*
    Abraçõs Marcel e Ótima semana!

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  9. quem tivesse bala na agulha foi foda d+ kkkkkkkkkkkkkkkk

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