Portanto, pegue seu relógio Ben 10 e ouça esse novo e intrigante podcast:
* Reclamações, Sugestões e Elogios, por favor, deixe nos comentários abaixo antes que você também fique olhando para a luz azul.

De Henry Sellick, o mesmo diretor do inovador O Estranho Mundo de Jack e do carismático James e o Pêssego Gigante, e à partir dos contos de Neil Gaiman, autor de famosas Histórias em Quadrinhos e Livros, Coraline e O Mundo Secreto possui as mesmas características visuais de seus antecessores (personagens esticados, visual alegórico e tom sombrio) numa história totalmente reflexiva e, até em alguns pontos, assustadora! Utilizando a charmosa técnica da animação quadro a quadro com massas de modelar e cenários feitos em maquetes, Coraline já quebra qualquer convenção dos desenhos animados em agradar criancinhas logo em suas cenas iniciais, quando exibe em sua abertura, uma mão medonha de ferro costurando os olhos e as bocas de bonequinhos de pano, de uma maneira bem agressiva e impactante. Quero dizer, para alguns... já que muitos jovens e adultos devem achar a sequência inicial até comum. O curioso é começarmos a compreender - aos poucos! - a história sombria, melancólica e falsamente feliz de Coraline. Assim que se muda com seus pais para um local aparentemente calmo, mas que sempre chove muito, a menina (que aparenta uns 9 ou 10 anos, mas que o roteiro nunca revela) conhece logo o inquieto Wybie, um garoto meio nerd que adora andar de bicicleta com suas estranhas máscaras artesanais. Aparentando também ter a mesma idade da pequena e espivitada Coraline Jones, o garoto a entrega uma bonequinha de pano com olhos de botões que chama a atenção da menina, mas que será apenas um pequeno elemento de uma trama muito mais elaborada e espantosa. E o "espantosa" aqui, não é só um termo de surpresa, mas sim de espanto mesmo, de terror, já que quando conhecemos a real história dos "outros pais" de Coraline e da realidade do tal "Mundo Secreto" do título, começamos a perceber que a vida da protagonista e de seus verdadeiros pais, podem estar correndo perigo, assim como a vida do vizinho acrobata e das vizinhas ex-vedetes.
Muito bem escrito, com passagens até filosóficas narrativa e visualmente, Henry Sellick demonstra um total domínio em sua direção, conseguindo nos fazer refletir em um simples sorriso forçado de determinado personagem, como num bem construído diálogo entre Coraline e sua "outra mãe". Reparem, por exemplo, no visual aterrorizante quando esta se revela para a menina num momento crucial do enredo, ou então no inusitado cortador de grama do "outro pai" que, se num momento da história se apresenta como uma ferramenta divertida e engraçada, em outro, se mostra como uma assustadora e mortífera máquina destruidora. Aliás, são nessas pequenas sutilezas e nos ricos detalhes escondidos em cada canto de Coraline, que Henry Sellick consegue montar com muito brilhantismo uma produção de encher os olhos... e a mente! E acredito com toda a certeza que muitas crianças podem não entender o ritmo da história e muito menos se adaptar ao estranho e sombrio mundo apresentado pelo diretor, mas arrisco em dizer que jovens mais maduros e adultos já habituados às produções mais fechadas de animação, vão adorar! Com uma leve inspiração em Alice no País das Maravilhas, Coraline, magistralmente, joga todo aquele conceito de um mundo fantástico descoberto pelos olhos de uma criança num caldeirão maquiavélico e subliminarmente reflexivo.
E é de se admirar que a técnica do stop motion de massinhas, que é uma habilidade já consagrada pelo clássico Wallace e Gromit, e que sempre serviu para nos contar histórias animadas com diversão e leveza, seja aqui utilizada para nos revelar uma rica trama de falsidade, domínio emocional e superação pessoal.No entanto, caminhando por um shopping center, encontrei dentro de uma loja de brinquedos, a menina Maísa... aquela mesma que se veste como Shirley Temple e age como uma Marilyn Monroe alcoolizada. Após realizar um escândalo porque não encontrou o Ursinho de Pelúcia com cheiro de damasco que ela havia encomendado, a pequena prodígio se emputeceu, quebrou o balcão da loja com um chute, fez um gesto obsceno com a mão para a vendedora e realizou essa entrevista em troca de um lanche no Burger King e um sapatinho novo da Azaléia:
VemAquiNoMeuBlog: Maisa, é inquestionável a sua performance graciosa, divertida e sempre tão inquietante nos palcos do SBT, onde você já vem trabalhando durante alguns anos. Você sempre quis ser uma apresentadora mirim em programas infantis, ou possuía outros desejos, antes de ser tão famosa como é hoje?
Maísa: Você está me perguntando se eu possuía outros desejos quando eu tinha apenas 3 anos de idade? É isso mesmo?? Por acaso, você acha que uma pessoa que acabou de nascer, que mal sabe falar, andar e ainda caga nas calças, pode ter algum desejo? Por favor, né? Se eu tinha mesmo algum desejo, era apenas de continuar a defecar na fralda e continuar comendo aquelas papinhas com sabor de maçã! HELLO-OW! Eu era apenas um bebê sendo manipulada pelos apresentadores de TV e jogada pelos meus pais no meio televisivo para ganhar alguns trocados. E que trocados!!!
VemAquiNoMeuBlog: E você não sentia falta dos amiguinhos da mesma idade? Dos coleguinhas da rua...? Você se adaptou realmente fácil a esse meio tão agitado e profissional que é a televisão?
Maísa: Bom, depois que eu já estava sustentando os meus pais, sendo idolatrada pelo Brasil inteiro e tida como a menina mais engraçadinha e inteligente do país, você acha mesmo que eu sentiria falta de pirralhos que querem brincar de amarelinha??? E a TV é um veículo muito fácil de se adaptar: basta você sorrir falsamente, se portar como os adultos gostam, falar coisinhas bonitinhas que fazem os outros rirem e agir como um boneca de corda divertida... afinal, não é assim que tantas assistentes de palco e dançarinhas de grupos de forró e axé sobreviveram? Aprendi muito com elas.
VemAquiNoMeuBlog: Maisa, muitas crianças também lhe adoram. Há pimpolhos em todos os cantos do Brasil que gostam muito de você, assiste o programinha que você faz e ri com suas peripécias... você também gosta de ser um exemplo para elas?
Maísa: Primeiro, quem faz programinha é puta. Eu tenho é um programa de palco que aborda toda uma temática infanto-juvenil com ênfase nos pequenos de 5 a 12 anos. Segundo, que você deve ser bem velho pra usar ainda o termo “pimpolhos” se referindo às crianças ou então curtia aquela merda de Art Popular, que foi o causador de espalhar esse termo tão ridiculamente cafona. E não, eu não gosto de ser um exemplo para as outras crianças... até porque não quero ter concorrentes mirins chatas e insuportáveis com outros programas de TV de apelo infantil.
VemAquiNoMeuBlog: Mas falando assim, você se considera chata e insuportável?
Maísa: HELLO-OW!!! Claro que não, né? Eu sou uma estrela, uma artista completa, sou cantora, sou dançarina, sou apresentora, sou dissimulada... ou seja, uma perfeita diva da TV. As outras crianças é que são insuportáveis, afinal, continuam nessa pieguice melosa da criancice e não sabem fazer dinheiro! Bando de amadores.
VemAquiNoMeuBlog: E com tanto trabalho que você já vem fazendo desde que o apresentador Raul Gil te descobriu nos “Pequenos Talentos”, e agora sendo uma contratada do grande Silvio Santos, você ainda pensa em terminar a escola e se formar em alguma profissão?
Maísa: AHAAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAH... escola? Me formar?... AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAH... Mas, pra quê???... AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAH...
VemAquiNoMeuBlog: É que... bem... você não pretende um dia deixar esse mundo tão competitivo e agitado que é a de artista e se dedicar um dia a ter uma outra profissão, casar, ter filhos, cachorro e seguir uma vida mais pacata e sossegada?
Maísa: Meu filho, entenda uma coisa: quem já nasceu praticamente sentando numa privada de ouro, jamais vai querer cagar numa planta de bananeira!
VemAquiNoMeuBlog: E esse rótulo de menina prodígio, devido a sua postura tão compenetrada e dedicada ao que faz? Você gosta? Muitos até brincavam dizendo que você parecia uma garotinha-robô, e até mesmo o Silvio Santos ironizava que você parecia uma anã... esse seu empenho tão adulto e engessado, não tira um pouco a sua naturalidade infantil?
Maísa: Bom, para os que me achavam um robô, creio que uma máquina não ganha mais de 500 mil reais por mês, certo? Segundo, que eu não deixei de ser criança só porquê já trabalho desde os 5 anos e coloco comida em casa... eu ainda gosto de muitas brincadeiras infantis, como por exemplo, brincar no parque de diversões que mandei construir só pra mim, jogar dominó valendo 20 mil reais, disputar com os meus amiguinhos quem come mais rápido no McDonalds enquanto aquelas outras crianças esfomeadas na rua ficam nos olhando e babando, ir pra Disney e voltar falando inglês e gargalhar com os erros de português das nossas escolas, enfim, eu ainda tenho o meu jeito natural de ser criança, ora bolas!
VemAquiNoMeuBlog: E você algum dia se arrependeu de todo esse glamour excessivo, de todo esse sucesso maçante e de toda essa movimentação desenfreada que é um trabalho de televisão, para alguém que começou tão novinha e que teve a vida transformada de maneira tão avassaladora?
Maísa: Bom, eu hoje sou tida como a menina mais precoce do país, ganhei recentemente o título da apresentadora de televisão mais nova do mundo, faço fotos, desfilo, canto, tenho os meus programas, viajo para onde quero, ganho rios de dinheiro, sou admirada pelas crianças e bajulada por todos os adultos... daqui há uns 10, 15 anos, terei patrimônios e contas bancárias que nenhum desembargador, cirurgião-médico, juiz, diplomata, seja lá quem for, imaginou ter. Ou seja: o que eu tenho pra me arrepender? Ah, sim, só esses cachinhos de bonequinha que já estão me dando nos nervos!
VemAquiNoMeuBlog: Pra finalizar, Maisa, vamos para uma rapidinha?
Maísa: HELLO-OW... eu só tenho 9 anos!!! Não posso fazer essas coisas, ainda!
VemAquiNoMeuBlog: Não, eu quis dizer que vamos agora para a parte final da entrevista que são perguntas rápidas feitas por mim e respostas igualmente rápidas feitas por você, ok?
Maísa: Ahhhhhhhh, sim... i got it!
VemAquiNoMeuBlog: Um ídolo?
Maísa: Eu. Fala a verdade, eu sou o máximo, não?
VemAquiNoMeuBlog: Uma cantor/cantora que você admira?
Maísa: Nina Costa. Afinal, ela começou com quase a minha idade e ainda hoje canta!
VemAquiNoMeuBlog: Um desenho animado?
Maísa: Odeio todos. Prefiro as novelas das 21 horas e os telejornais.
VemAquiNoMeuBlog: Uma comida?
Maísa: Hambúrguer, batata frita e Milk Shake... no almoço e na janta! Eu AMOOOOO
VemAquiNoMeuBlog: Um bichinho de estimação que você gostaria de dormir agarradinho?
Maísa: O Yudi.
* Essa entrevista é completamente falsa e não deve em hipótese alguma ser levada a sério. É algo totalmente infantil e ingênuo disfarçado de coisa adulta... exatamente como Maísa.
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