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sexta-feira, 18 de março de 2011

Elvis Presley



O Cara:

Elvis Aaron Presley
foi um famoso músico e ator, nascido nos Estados Unidos da América, sendo mundialmente denominado como Rei do Rock. É também conhecido pela alcunha Elvis The Pelvis, apelido pelo qual ficou conhecido na década de 1950 por sua maneira extravagante e ousada de dançar. Uma de suas maiores virtudes era a sua voz, devido ao seu alcance vocal, que atingia, segundo especialistas, notas musicais de difícil alcance para um cantor popular. A crítica especializada reconhece seu expressivo ganho, em extensão, com a maturidade; além de virtuoso senso rítmico, força interpretativa e um timbre de voz que o destacava entre os cantores populares, sendo avaliado como um dos maiores artistas da música e por outros como o melhor cantor de rock do século 20.

Acompanhado pelo guitarrista Scotty Moore e pelo baixista Bill Black, Presley foi um dos criadores do rockabilly, uma fusão de música country e rhythm and blues.

Elvis tornou-se um dos maiores ícones da cultura popular mundial. Entre seus sucessos musicais podemos destacar "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now Or Never", "Can´t Help Falling In Love", "Surrender", "Crying In The Chapel", "Mystery Train", "In The Ghetto", "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy", "The Wonder Of You", "An American Trilogy", "Burning Love", "My Boy" e "Moody Blue". Particulamente no Brasil, foram ainda bem-sucedidas as canções "Kiss Me Quick", "Bossa Nova Baby", "Bridge Over Troubled Water", essa última, considerada por muitos, como sua música mais sentimental.

Após sua morte, novos sucessos advieram, como "Way Down" (logo após seu falecimento), "Always On My Mind", "Guitar Man", "A Little Less Conversation" e "Rubberneckin". Trinta anos depois de morrer, Presley ainda é o artista solo detentor do maior número de "hits" nas paradas mundiais e também é o maior recordista mundial em vendas de discos em todos os tempos com mais de 1 bilhão e meio de discos vendidos em todo o mundo.

Sua Origem:

Elvis Aaron Presley nasceu na cidade de East Tupelo (East Tupelo seria agregada mais tarde à cidade de Tupelo, formando assim uma única cidade), no estado do Mississippi, no dia 8 de janeiro de 1935. Único sobrevivente ao parto de uma dupla de gêmeos univitelinos, seu irmão, Jessie Garon, nasceu morto. Na pequena cidade do interior dos Estados Unidos, ele aprendeu com a mãe e o pai a ser respeitoso, independentemente de aspectos de qualquer ordem, quer étnicos, sexuais e/ou sócio-económico-financeiros. Nos seus primeiros anos de vida, cresceu em meio aos destroços de um furacão que devastou sua cidade no dia 5 de abril de 1936. Esse triste fato ocasionou, mesmo o estado do Mississipi sendo na época um centro do racismo americano, uma união entre brancos e negros, que deixaram de lado por algum tempo o conflito racial, tudo em prol da reconstrução da cidade. Em 1945, Elvis participou num concurso de novos talentos na "Feira Mississippi-Alabama", onde conquistou o segundo lugar e o prémio de 5 dólares, mais ingressos para todas as diversões. Elvis, na ocasião, cantou Old Shep, canção que retrata o desespero de um menino pela perda de seu cão. No mesmo ano, o seu pai presenteou-o com um violão, que passou a ser a sua companhia constante, inclusive na escola. Elvis e a família mudaram-se para Memphis no dia 12 de setembro de 1948. A família Presley morou por bastante tempo em condições precárias. No período de 1948 até 1954, Elvis trabalhou em várias atividades. Foi lanterninha de cinema e motorista de caminhão. Concluiu seus estudos em 1953. Nas horas vagas, cantava e tocava seu violão e, eventualmente, onde possível, arriscava alguns acordes ao piano. Reza a lenda que apreciava cantar na penumbra e até em breu total. As suas influências musicais foram particularmente o country, a música gospel, o rhythm and blues, capturado na histórica "Beale Street", em sua adolescência, na cidade de Memphis; além de seu apreço pela música erudita, particularmente a ópera. Um de seus maiores ídolos era o Tenor Mario Lanza e, naturalmente, cantores gospel como J.D. Sumner, seu preferido.

Anos 50 - O Início Artístico:

Em 18 de julho de 1953 e posteriormente em 4 de janeiro, 5 de junho e 26 de junho de 1954, Elvis grava algumas canções de forma experimental, no "Memphis Recording Service", filial da Sun Records.

Entretanto, em julho de 1954, Elvis entra em estúdio e grava outras canções iniciando assim sua carreira profissional. No dia 5 de julho de 1954, considerado o "marco zero" do rock, Elvis ensaiava algumas canções, até que, em um momento de descontracção, de forma improvisada, começou a cantar o blues "That's All Right, Mama" de Arthur Crudup, provocando em Sam Phillips um grande entusiasmo. Surgia então o rockabilly, uma das primeiras formas do rock'n and roll. "Take", nova canção no gênero, foi realizada; dessa vez, "Blue Moon of Kentucky", um tema bluegrass, foi gravado com a mesma levada de "That's All Right, Mama". Ambas comporiam seu primeiro disco, um "compacto simples" (single). Participaram das sessões, além de Elvis e Sam, o guitarrista Scotty Moore e o baixista Bill Black, que tornariam-se amigos de Elvis.

No dia 7 de julho as duas canções são executadas pela primeira vez numa rádio de Memphis, e o resultado é estrondoso: a voz de Elvis causou uma comoção e vibração até então jamais sentida musicalmente naquela região, e o sucesso foi absoluto. Devido a toda essa repercussão, Elvis é convidado a dar uma entrevista, sua primeira como cantor profissional. A canção "Blue Moon Of Kentucky" chega ao primeiro lugar na parada country da Billboard na cidade de Memphis e "That's All Right" atinge o quarto lugar da mesma parada. Já no dia 17 de julho, ele realiza o seu primeiro espetáculo na cidade de Memphis. Em 2 de outubro, ele faz seu primeiro espetáculo fora de Memphis, a cidade escolhida foi a capital do Country, Nashville. Em 8 de outubro, Elvis faz sua primeira apresentação fora do estado do Tennessee, a cidade escolhida é Atlanta na Geórgia. No dia 16 do mesmo mês, Elvis tem provavelmente o seu primeiro grande momento na carreira: ele realiza na cidade de Shreveport, no estado da Lousiana, um espetáculo que era transmitido pela rádio local de enorme sucesso na época chamado "Louisiana Hayride", onde foi recebido de forma bastante entusiasmada por toda a plateia, composta por mais de 500 pessoas. O ano de 1955 pode ser avaliado como a gênese do sucesso nacional de Elvis. Somando-se a isso, as suas performances em programas de rádio e algumas apresentações em programas locais de televisão, faz ele ganhar ainda mais destaque. As suas canções começam a fazer sucesso por todo o país; "Mystery Train" chega ao 11º lugar na parada nacional country da Billboard, "Baby, Let's Play House" atinge o 5º posto na mesma parada, até culminar com a primeira canção "número um" nos charts nacionais, canção denominada "I Forgot To Remember To Forget". Neste mesmo ano ele conheceria o seu empresário Tom Parker, que agenciaria sua carreira ao longo de sua vida, e que futuramente, se mostraria um homem bastante controlador.

O Preço da Fama:

Em 1956, Elvis tornou-se uma sensação internacional. Com um som e estilo que, uníssonos, sintetizavam suas diversas influências, ameaçavam a sociedade conservadora e repressiva da época e desafiavam os preconceitos múltiplos daqueles anos; Elvis fundou uma nova era e estética em música e cultura populares, consideradas, hoje, "cults" e primordiais, mundialmente. Suas canções e álbuns transformam-se em enormes sucessos e alavancaram vendas recordes em todo o mundo. Elvis tornou-se o primeiro "mega star" da música popular, inclusive em termos de marketing. Muitos postulam que essa revolução chamada rock, da qual Elvis foi emblemático, teria sido a última grande revolução cultural do século 20; já que, as bandas, cantores e compositores que surgiram nas décadas seguintes - e fizeram muito sucesso -, foram influenciados, de alguma maneira, direta ou indiretamente por Elvis. O que pode ser considerado verdade. O preço do pioneirismo transformador, entretanto, é altíssimo. Elvis foi implacavelmente perseguido pelos múltiplos segmentos reacionários estadunidenses e por todas as etnias. Os brancos, preconceituosos burgueses representantes da classe dominante, achavam-no vulgar, um rebelde representante de uma estética popular, cuja interface negra - o rock, "filho" também do rhythm and blues - era uma música de negros e para negros e, por isso, considerada uma música "menor" por aquele grupo dominante. Já os negros, achavam que por ser uma música de origem negra, nenhum branco deveria representá-la e divulgá-la, já que mão simbolizava a raça. Elvis, em verdade, foi perseguido e tornou-se vítima de muitos preconceitos por ir de encontro a um sistema estabelecido e por ter origens humildes, um "caipira sulista", fato pelo qual ele sempre foi discriminado.

Muitos de seus admiradores postulam que somente o seu talento e perseverança o mantiveram "vivo" até os dias que se seguiram e que a descrição de que ele só fez sucesso por possuir uma aparência de certa forma bonita, não é mais considerada como uma versão admissível pelos biógrafos sérios e historiadores daquela época e da música, sendo consideradas nos dias atuais como risíveis e recheadas de clichê. Mas Elvis, superou de fato as adversidades, ainda que a cina da vulgaridade tenha permanecido no seio dos segmentos mais ostensivos às camadas mais populares. Até os dias atuais, Elvis é lembrado como um dos maiores nomes da música em todos os tempos, ainda que sua importância maior talvez ainda esteja por ser estudada e compreendida, por epistemólogos da Sociologia e Psicanálise, principalmente. Suas apresentações televisivas quebraram todos os recordes de audiência até então, além das inevitáveis polêmicas geradas por suas performances explosivas. Podem ser citadas como exemplos, as interpretações de "Hound Dog" nos famosos programas de Ed Sullivan e Milton Berle. Um fato bastante propagado e que destaca esse momento fervoroso do artista, são as polêmicas censuras em torno de suas apresentações televisivas, fato comprovado pelas apresentações onde ele foi filmado da cintura para cima; uma em 1956 no programa "The Steve Allen Show" e outra em 1957 no programa "The Ed Sullivan Show". Em 1 de abril de 1956, Elvis grava uma performance em cores da canção "Blue Suede Shoes", cena esta que fazia parte de um teste feito pela 20th Century Fox para o filme "Love Me Tender", sendo que a referida cena não foi transmitida na época, tendo permanecido nos arquivos da "FOX" até finais da década de 80; essa talvez tenha sido sua primeira performance em cores, afinal, naquela época a transmissão em cores estava em seu início. Os filmes "Love Me Tender", "Loving You", "Jailhouse Rock" e "King Creole" foram um grande sucesso de público e, principalmente, os dois últimos, também tiveram seus méritos reconhecidos pela crítica especializada. No mês de outubro de 1956, Elvis realiza um espetáculo na cidade de Dallas no estádio "Cotton Bowl" para um público estimado de 27 mil pessoas, algo incomum para um cantor solo naqueles tempos. Em janeiro de 1957, em sua última apresentação no programa de Ed Sullivan, Elvis provocou uma enorme histeria, quando, contra a vontade do apresentador, cantou a música gospel preferida de sua mãe, "Peace In The Valley". A repercussão foi imediata e polêmica, levando-o à gravação de seu primeiro disco gospel, um EP (compacto duplo com quatro canções). No final de 1957, um show realizado no Pan Pacific de Los Angeles, foi considerado um dos maiores momentos da carreira de Elvis, por sua sensual e arrebatadora apresentação, considerada escandalosamente provocativa pelos puritanos da época. No mesmo ano de 1957, Elvis se apresentou no Canadá, os seus únicos shows fora dos Estados Unidos, em um total de cinco espetáculos que abalaram o país vizinho. Neste ano, Elvis adquiriu a mansão Graceland, sua eterna morada. Em 1959 conhece Priscilla Beaulieu (que tinha 14 anos na época), que viria a ser sua mulher alguns anos mais tarde.

Final dos Anos 60 e a Virada na Carreira:

Apesar da fase de pouca qualidade em seus filmes hollywoodianos (uma jogada de marketing que seu empresário, o Coronel Tom Parker, insistiu para que ele aceitasse) e respectivas trilhas-sonoras, o ano de 67 será lembrado pelo lançamento do disco que seria considerado um "divisor de águas" na carreira de Elvis, o gospel How Great Thou Art; decorrente de radical mudança em sua produção musical. O álbum surpreendeu o mundo, gradativamente, transformou-se em um grande sucesso de crítica e público; sendo, posteriormente, agraciado com um honroso Grammy, o "Oscar" da música. De alguma forma, o fonograma - de grande qualidade - e seus resultados, aguçou e excitou musicistas, produtores, fãs e o grande público. Bem produzido e com peças esmeradas, Elvis Presley dera indícios de sua vitalidade e criatividade, ainda em franca ascensão e plena maturidade musical. Fundou-se, portanto, um tempo de bons arranjos e melhor seleção musical. Ocorreram profundas mudanças em seus tons, na própria tessitura vocal e, consequentemente, em seus registros. Gradativamente, a própria extensão seria privilegiada, com comprometimento da afinação e menos gritos. No mesmo ano, Elvis Presley finalmente casou-se com Priscilla, já residente em Graceland, Memphis, desde meados da década. O matrimônio foi realizado na cidade de Las Vegas. Nesse período, entre 1967 e 1968, foram lançados alguns compactos muito elogiados; realmente, criativos e interessantes - goste-se ou não de Elvis Presley, reconhecerão seus ouvintes. Tudo devido as sessões de gravação ocorridas ainda em 66, mais precisamente em maio e junho, onde o repertório foi sendo aprimorado qualitativamente, gerando além do álbum "How Great Thou Art", outras canções de bom nível como "Indescribably Blue", "I'll Remember You" e "If Every Day Was Like Christmas". O mesmo pode ser percebido em 1967 em canções como "Suppose", "Guitar Man", "Big Boss Man", "Singing Tree", "Mine", "You'll Never Walk Alone". No período de 66/67, Elvis realiza várias sessões caseiras, onde ele interpreta várias canções de vários estilos e épocas distintas, mostrando um talento intuitivo e natural, no entanto, essas gravações só cairam no conhecimento do público, em sua grande maioria, no final da década de 90! Em 1 de fevereiro de 1968, nasce a sua primeira e única filha: Lisa Marie Presley.

Os Anos 70 - Na Estrada:

O ano de 1970 denotou um grande amadurecimento cênico e vocal de Elvis Presley, em relação ao anterior. Novas temporadas em Las Vegas ocorreram, com mudanças radicais em repertório - mais versátil e atualizado para aqueles dias -; shows avaliados como eletrizantes, tanto pela crítica como pelo público, porém com roteiros mais elaborados. Muitas dessas apresentações foram gravadas e deram origem a discos como "On Stage". Pela primeira vez no mundo, um artista prescindia de seu nome na capa - no original. Um novo marco! Apesar do grande sucesso, segmentos da crítica e dos estudiosos do show-business temiam que a rotina de espetáculos em Vegas, terra de pouca inventividade, pudessem tornar Elvis alienado e desmotivado, o que definitivamente não ocorreu. No mesmo ano, após seu retorno às apresentações ao vivo, Parker e Presley iniciaram uma série de grandes espetáculos históricos e considerados magistrais, mesmo na época de sua realização; e inventaram, gradativamente, uma nova concepção de shows: as "mega-tours". Presley fez 6 shows no Astrodome, em Houston, onde quebrou todos os recordes de público, reunindo 43.000 pagantes na quarta apresentação. Um recorde impensável para aquelas décadas!

Os Últimos Anos:

Ainda no ano de 1974, Elvis voltou a se apresentar no Astrodome, de Houston, estádio monumental, jamais contemplado com tal magnitude de um espetáculo de música popular. Novos recordes foram quebrados, superiores aos próprios, de 1970. Em um segundo show, 44.175 pagantes foram contabilizados; público até então inimaginável para um concerto de um único artista. Além de Houston, realizou shows históricos em Los Angeles, no mês de maio; prestigiado inclusive por artistas e bandas das novas gerações, então no auge, como um eufórico e entusiasmado Led Zeppelin. Uma única sessão de gravação foi realizada no ano seguinte, 1975, quando, no último dia do ano, Elvis Presley quebrou novo recorde de público para um artista solo até então, apresentando-se para 72 mil pessoas. Segmento de seus biógrafos afirmam que este seria seu último ano primoroso artisticamente; Elvis realiza shows históricos em sua carreira, sendo elogiado cada vez mais por todos, propiciando o seguinte comentário do jornal The New Yor Times: "Cada vez mais Presley melhora sua voz atingindo excelentes notas vocais. Ele ainda é o rei nos palcos.", referindo-se aos shows de "Uniondale" no condado de Nassau no estado de Nova Iorque. Muitos até afirmam que alguns dos melhores shows de Elvis em toda a carreira foram realizados em 1975. No mesmo período são lançados dois dos melhores álbuns de Elvis na década de 70, Elvis Today e Promised Land. Entretanto, seus percalços pessoais como o casamento e a saúde se somavam gradativamente. Em 1976, ano em que realizou mais de 100 mega-espetáculos, Elvis voltou a apresentar-se no último dia do ano, na cidade de Pittsburgh; reconhecido pela crítica e público como um dos seus últimos grandes espetáculos de qualidade; para os fãs, antológico! Elvis Presley continuava a subir nos palcos regularmente, mas já de forma sofrível, acima do peso, inchado pelas medicações que tomava, ao longo dos seis primeiros meses de 1977, com a saúde visivelmente deteriorada. No mês de junho, teve espetáculos filmados pela rede de televisão CBS, vislumbrando um vindouro mega-especial, a ser levado ao ar em cadeia nacional oportunamente.

Morte:

Na noite de 15 de agosto, Elvis vai ao dentista por volta das 11:00 da noite, algo muito comum para ele. De madrugada ele volta a Graceland, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das 4 ou 5 da madrugada do dia 16 de agosto. Por volta das 10 horas da manhã, Elvis teria levantado para ir ao banheiro, e o que aconteceu desse ponto até por volta das duas horas da tarde é um mistério. O desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suite, na mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee. Os fatores predisponentes sistêmicos, os hábitos cotidianos e as circunstâncias que culminaram com a morte de Elvis Presley, são dos pontos mais polêmicos e controvertidos entre seus biógrafos e fãs. Elvis só foi encontrado morto no horário das duas horas da tarde por sua namorada na época, Ginger Alden (ele já havia se separado de Priscilla). Logo após, o seu corpo é levado ao hospital "Memorial Batista" e sua morte é confirmada.

A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo, provocando uma comoção mundial como poucas vezes fora vista em nossa cultura; inclusive no Brasil. Os fãs se aglomeraram em maior número em frente a mansão. As linhas telefônicas de Memphis estavam tão congestionadas que a companhia telefônica pediu aos residentes para não usarem o telefone a não ser em caso de emergência. As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O velório aconteceu no dia 17. Alguns, dos milhares de fãs, puderam ver o caixão por aproximadamente 4 horas.

Por volta das 3 da tarde do dia 18 de agosto a cerimônia para familiares e amigos foi realizada, com canções gospel sendo cantadas pelos "Stamps" (Grupo vocal gospel) e por Kathy Westmoreland (cantora), ambos fizeram parte do grupo musical de Elvis na década de 1970. Após a cerimônia todos foram levados até o cemitério em limusines, logo em seguida o corpo de Elvis é enterrado. Mas para os fãs e apreciadores de artistas que viraram ícones, a morte física de Elvis pouco importa, e sim, o legado artístico inesquecivelmente talentoso que deixou imortalizado.

Medicamentos:

Erroneamente e estupidamente, muitos acham que Elvis Presley morreu por overdose de drogas sujas, como o uso de cocaína ou heroína... o fato é que ele nunca foi viciado em nenhuma droga ilícita, jamais experimentou qualquer tipo de entorpecente, como muitos amigos dele na época já experimentavam e se viciaram como Jerry Lee Lewis e Johnny Cash. O que está provado é que ele se viciou apenas em medicamentos perdendo totalmente o controle a partir dos anos 70, quando o dr. George Nickopoulos receitou abusivas doses de remédios para Elvis, culminando assim na sua morte em 1977. O referido médico foi até levado ao Tribunal em 1981, acusado de receitar a Elvis um tratamento médico "ultrajante", mas foi absolvido. O fato é que Elvis era uma pessoa altamente complexa em sua vida pessoal e artística, uma pessoa de temperamento difícil, transformava-se de um instante para outro em uma pessoa alegre, simpática e falante em uma pessoa carrancuda e até mesmo infeliz; era, segundo pessoas próximas, hipocondríaco, o que talvez explique sua paranóia pela leitura de bulas de remédios e a alta quantidade de remédios que ingeria; tinha problemas no cólon (descolamento), o que lhe causava horríveis dores, além de problemas no fígado, e essas enfermidades deterioraram todo o seu organismo e provocaram o mal cardíaco culminando em seu falecimento prematuro. Segundo o amigo J. D. Sumner, Elvis relatou em certa ocasião que tinha a impressão que não alcançaria os 50 anos de idade, pelo fato de outros familiares terem falecido antes de completar essa idade. Infelizmente, ele estava certo.

"Aloha From Havaí"

Apesar de estar mergulhado em problemas pessoais e de saúde, mas no auge como artista, em 14 de janeiro de 1973, Elvis Presley realizou o primeiro show via satélite do mundo, transmitido, ao vivo, para muitos países - inclusive o Brasil, pela Rede Tupi - e, posteriormente, para quase todo o planeta. O especial, Aloha From Hawaii, foi assistido por aproximadamente 14 milhões de telespectadores - número surpreendente para aqueles dias. Nos Estados Unidos, sucesso estrondoso, foi ao ar em abril de 1973, tendo recebido o seguinte comentário no editorial do jornal Los Angeles Times: "Elvis superou sua própria lenda!" No Brasil, foi ao ar novamente em abril do ano seguinte, 1974, com grande êxito. O álbum duplo, inaugural do sistema "quadrafônico", uma espécie de ancestral do "home theater", foi imediatamente colocado no mercado, atingindo rapidamente o marco de 1 milhão de cópias vendidas.

Elvis e os Beatles:

No dia 27 de agosto de 1965, Elvis e a banda inglesa The Beatles encontraram-se no âmbito doméstico, sem evidências, até agora, de qualquer produto áudio/visual relevante. A única imagem alusiva ao encontro de Elvis e Beatles é uma foto em que John Lennon (fã confesso de Presley!) aparece saindo da casa de Elvis. No documentário The Beatles Anthology, de 1996, os ex-beatles Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, confirmaram jamais terem tocado com Elvis, e que somente John Lennon o fizera. No mesmo documentário, Ringo, para os biógrafos confiáveis, a grande estrela da noite em simpatia e camaradagem geral, comentou ter jogado futebol com Elvis.

A Voz de Elvis:

Elvis dispunha de um registro vocal muito poderoso, flexível e eclético para quem nunca teve aulas de canto ou mesmo ensino teórico convencional. Elvis era quase um barítono profissional, conseguia atingir 3 oitavas e, por vezes, atingir o registro vocal de tenores e baixos de forma estupenda, um feito altamente marcante e admirável para quem se comprometeu apenas em cantar músicas populares e de vertentes do rock.

Segundo aqueles que são ávidos de apresentações ao vivo de Elvis, principalmente da década de 70, ele demonstrava com maestria o seu poder vocal, e que até os dias atuais, ainda impressionam aqueles que não conhecem a sua carreira em sua forma mais abrangente; Elvis atingia em muitas de suas performances o chamado "dó de peito", que corresponde a nota musical "Sol 3", feita com voz de cabeça - como se fosse um falsete. Raríssimos cantores conseguiam isso, e nunca um roqueiro cantou dessa forma!

Para a surpresa de alguns iniciantes em sua vasta obra, Elvis também já dava sinais de grande poder vocal já na década de 50, em seu início, principalmente em notas graves. O auge desse futuro fenômeno vocal se deu, na avaliação de alguns, no ano de 1957. Dando prosseguimento a sua evolução como intérprete, Elvis atingiria na década seguinte, uma maturidade vocal bastante elevada e difícil, tanto em notas graves e agora também, como em notas agudas; um marco dessa evolução, seria o álbum How Grear Thou Art, gravado em 1966 e lançado logo em seguida, no início de 67.

Elvis deu início à sua carreira profissional com apenas 19 anos de idade, portanto, era o período de transição da adolescência para a fase adulta, a chamada puberdade, onde a voz de Elvis estava em plena transformação, atingido assim a sua maturidade nos anos posteriores.

Com o uso constante da voz, as cordas vocais vão se tornando mais resistentes, respondendo muito melhor e mais prontamente, permitindo assim ao cantor atingir notas mais agudas e melhorar a qualidade sonora como um todo, fazendo assim de sua voz um verdadeiro instrumento, como dizem que era o caso de Elvis Presley. Seu vocal era como um OUTRO instrumento musical, o que espantava qualquer banda que tocava com ele!

O grande desafio de quem privilegia a extensão é a afinação, canto extremamente técnico, e Elvis conseguiu em várias oportunidades a conciliação complexa, segundo os especialistas. Uma das notas mais difíceis de se atingir é o "dó acima do dó central", e Elvis atingiu muitas vezes em espetáculos ao vivo durante a década de 70, dito por especialistas. Mesmo com o microfone "colado" à boca (o que para muitos estudiosos, abafa um tanto o som autêntico da voz deixando apenas os tons mais guturais vindo da garganta), Elvis alcançava um timbre perfeito para cada notal musical.

Com um extenso alcance vocal e sua técnica de certa forma operesca, principalmente na década de 70, Elvis Presley se notabilizou por ser um dos mais impressionantes exemplos do que um cantor pode fazer com sua voz, transformando-a em um verdadeiro instrumento, provocando até dúvida em algumas pessoas, de como uma voz humana conseguia se ajustar tão perfeitamente em qualquer ritmo e melodia. Algo surpreendente até para especialistas de hoje!

Curiosidades Finais:

  • Elvis era LOIRO! Seu famoso topete preto foi mais um jogo de marketing para a época se produzir um cantor de rock moreno, já que a maioria eram loiros, como Jerry Lee Lewis e Bill Halley.
  • Elvis era fã de karatê. Praticava o esporte e chegou a ser faixa-preta. O gosto pela modalidade de luta era tanto, que o artista mandou confeccionar roupas de shows em formatos de kimonos, como pode ser visto em algumas de suas apresentações já na década de 70.
  • A fama de mulherengo era imensa. De todos os roqueiros, os que tinham mais "groupies" (fãs que desejam ter relações sexuais com seus ídolos) era Elvis... mas contrariando sua fama, muito pouco foi notificado, registrado ou até mesmo flagrado de algum envolvimento de Elvis Presley com alguma fã.
  • Bob Dylan e Neil Young chegaram a compor músicas para Elvis.
  • Ele adorava cães... colecionava São Bernardos e Dogues Alemães em seu enorme quintal em Memphis.
  • Apesar da rivalidade que diziam existir entre os dois, Elvis nunca considerou Frank Sinatra como seu rival. E elogiou Os Beatles num show ao vivo e gostava do Led Zeppelin!
* Marcel Camp é fã de carteirinha do Rei... e Elvis Presley é a VIGÉSIMA OITAVA imagem que compõe o título do meu blog.

19 comentários:

  1. Saudade que deu dos tempos em que eu era pequena. Sorte minha que há uns três meses que comprei um box com filmes dele só pra relembrar os tempos de Sessão da Tarde!
    Completíssimo artigo!!! Eu não conhecia tanto do histórico dele e viajei aqui lendo. Mas já havia lido que ele pintava o cabelo e sabia da ingestão indevida e excessiva de medicamentos.
    Bj!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Comecei bem cedo , por ouvir os discos de meu Pai que também era super fã do Rei do Rock !!! Me lembro muito bem, Meu Pai tinha um LP , que de um lado tinha "SENTIMENTAL ME" e do outro "NO MORE". Que saudade !!! Daí em diante não parei mais de ver e ouvir Elvis !!!
    Eu conseguí , por exemplo , uma reportagem de jornal , onde Elvis ( um pouco antes de sua morte ) recebia alta do hospital.
    Quanto mais conhecemos Elvis, mais o amamos e sentimos sua falta.

    Abraços Marcel e Ótimo final de semana.

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  4. E aí meu amigo sumidão! Tudo beleza?
    Rapaz isso aqui foi uma biografia que vc escreveu, muito legal véio!
    Eu gosto do Elvis mas não dá pra ser fããããããã, eu apenas gosto muito. Mas tenho que reconhecer que o cara foi, é, e sempre será um ícone da musica. Parabens amigão!

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  5. Ah... e olhando as fotinhas que vc msmo me despertou a olhar no final do seu post, hahahahahaha vc é fããaãããããããããããã~do Leonardi dicaprio hein... primeirão????????

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  6. Fala Marcel,
    Você já escreveu tudo sobre o Rei. É o pai do rock. É o cara que inspirou tudo e a todos e revolucionou a música nos anos 50. Ele pegou o blues, o twist, o gospel e o jazz, fez uma sopa e jogou para o mundo o que há de melhor no mundo da música: Rock and Roll.
    Só mais uma curiosidade do Rei.
    É incrível, mas Elvis nunca fez show fora dos Estados Unidos. Se não me falha a memória, fez uma pequena apresentação ainda nos anos 50 no Canadá, e só.
    Toda sua carreira de turne foi realizada dentro dos EUA.
    Incrível isso.
    Abraço e bom domingo.

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  7. Maravilhoso trabalho sobre a carreira de Elvis!
    Realmente ele definiu a sua geração e ainda encanta!

    ;D

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  8. Maravilhoso trabalho sobre a carreira deste ícone!
    Elvis, de fato, influenciou e definiu toda uma geração.. Ainda encanta!

    ;D

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  9. Marcel relamente já comentei aqui e esse post é legal mesmo.

    Eu coloquei uma postagem falando de rock com um vídeo, passa lá depois!

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  10. Nossa, isso é que eu chamo de um post praticamente completo sobre a carreira de praticamente o nome maior do rock ao lado do quarteto de Liverpool. Parabéns pelo texto, pesquisa e conteúdo. Conheço poucas músicas dele, na minha opinião, mas o bastante para apreciar e ver a qualidade de um rock and roll de qualidade.

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  11. Parabéns pelo blog, pela pesquisa, pela informação. eu tinha dúvidas em relação as drogas, mas nunca parei pra pesquisar. excelente fã...XOXO

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  12. Elvis... ele era bom, mas não fez o tipo de música que me agrada, os filmes dele eu nunca assisti também.

    Um bom trabalho falando dele, parabéns!

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  13. ja to seguindo
    O$ Mercenario$

    bem vind, Se Curtir Segue?
    http://usmercenarios.blogspot.com/
    promove ai? precisa to aqui
    vlw abraço
    fique avontade p adicionar
    o orkut e msn p futuros contatos
    somente blogueiros^^

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  14. épico esse cara.
    Não conheço muitas musicas dele, até pq não foi no meu tempo.
    Mas o admiro muito!
    Abraço.
    passa lá depois?! : )

    http://miizaell.blogspot.com/

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  15. legal o blog!
    interessante
    gosto muito do elviz musicas são massa
    parabens

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  16. Esse cara é pioneiro, né?
    Um gênio cujo carisma ultrapassa os limites do tempo.
    Tenho muita pena do seu triste final.

    abç
    Pobre Esponja

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  17. Com certeza Elvis foi o pai do rock..

    o cara era um gênio adoro as músicas dele..

    vai ter show com o cantor brasileiro que faz o cover dele e com certeza eu vou oc ara manda muito bem

    http://www.saidosofa.com.br/show/helder-moreira-cafe-paon-sao-paulo-04-mai-2011/4055/

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